Contaminação de efluentes por amoxilina: consequências ambientais e métodos eficazes de remoção

Contamination of effluents with amoxicillin: environmental consequences and effective methods of removal

Autores

  • Valdemir Fonseca da Silva Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Delmira Beatriz Wolff Universidade Federal de Santa Catarina
  • Elvis Carissimi Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

Tratamento de efluente, Remoção, Amoxicilina

Resumo

Por décadas consecutivas, tem-se observado uma intensificação na poluição gerada pelas atividades humanas. Todos os dias são lançados efluentes, se não in natura, parcialmente tratados nos corpos hídricos receptores, causando sérios danos ao meio ambiente. Dentre esses poluentes, os fármacos despertam grande preocupação, pois podem ser resistentes inclusive aos processos convencionais de tratamento de efluentes, o que evidencia a problemática da falta de tratamento adequado para esses compostos.

Este trabalho bibliográfico realizou um levantamento de 38 artigos, os quais passaram por uma rigorosa seleção, restando apenas 12 trabalhos que se enquadraram nos pré-requisitos estabelecidos para a realização deste estudo. O objetivo foi analisar a literatura e avaliar os métodos de tratamento de efluentes utilizados para remoção e degradação do antibiótico do grupo β-lactâmicos, amoxicilina.

Grande parte dos estudos selecionados desenvolveu suas análises em efluentes contaminados artificialmente, utilizando técnicas como adsorção, processos oxidativos avançados (POAs), wetlands construídos, biorreator com membranas submersas, filtro de carvão ativado e hidrólise. É importante ressaltar que cada artigo operou com técnicas bastante particulares, o que explica os diferentes resultados encontrados em métodos semelhantes.

A análise demonstrou que, dentre os métodos observados, apenas o processo tradicional de oxidação com reagente Fenton e o método de remoção por hidrólise alcalina, com pH de 12,5 em 60 minutos, atingiram a excelência de 100% na remoção do antibiótico.

No outro extremo, observou-se que a técnica de remoção por meio de wetlands construídos atingiu a remoção mínima de 15%, e o POA com fotólise natural, em tempo de 360 minutos, apresentou remoção de 24%.

Os números encontrados apontam para a importância de combinar os métodos de tratamento de esgoto para alcançar uma maior pureza do efluente lançado no ambiente.

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Biografia do Autor

Valdemir Fonseca da Silva, Universidade Federal da Fronteira Sul

Engenheiro Ambiental e Sanitarista pela Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS. Mestrando em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM.

Delmira Beatriz Wolff, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutora em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professora adjunta do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Santa Maria.

Elvis Carissimi, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutor em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor Adjunto do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, Universidade Federal de Santa Maria.

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Publicado

2022-07-04

Como Citar

FONSECA DA SILVA, Valdemir; WOLFF, Delmira Beatriz; CARISSIMI, Elvis. Contaminação de efluentes por amoxilina: consequências ambientais e métodos eficazes de remoção: Contamination of effluents with amoxicillin: environmental consequences and effective methods of removal. Aquila, [S. l.], n. 27, p. 219–242, 2022. Disponível em: https://ojs.uva.br/index.php/revista-aquila/article/view/336. Acesso em: 24 out. 2025.

Edição

Seção

Artigos de Temática Livre