A piedade como sentimento político

Piety as a political feeling

Autores

  • Adenaide Amorim Lima Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Palavras-chave:

Hannah Arendt, Política da piedade, Solidariedade

Resumo

Este texto tem como objetivo principal analisar o lugar dos sentimentos na política, na perspectiva da pensadora Hannah Arendt (1906-1975). Investigaremos quais sentimentos podem ou não ser considerados sentimentos políticos. Por meio da pesquisa bibliografia, este trabalho se organiza em quatro eixos norteadores da discussão: na introdução
definimos conceitualmente a distinção entre a esfera social, privada e esfera pública em Arendt. No tópico seguinte abordaremos os acontecimentos que favoreceram a ruptura entre mundo privado, mundo público e a ascensão dos sentimentos, juntamente com a pobreza no mundo político. No terceiro tópico discorremos sobre o que Arendt compreende por compaixão, piedade e solidariedade e, segundo Luc Boltanski, as possibilidades da piedade como ação política. Por fim, a nível de conclusão, discutiremos os limites e possibilidades da ação política apresentada por Boltanski, no que diz respeito à ação política por meio da piedade, no contexto político atual.

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Publicado

2025-04-14

Como Citar

AMORIM LIMA, Adenaide. A piedade como sentimento político: Piety as a political feeling . Aquila, [S. l.], n. 29, p. 043–058, 2025. Disponível em: https://ojs.uva.br/index.php/revista-aquila/article/view/250. Acesso em: 3 out. 2025.

Edição

Seção

Artigos de Temática Livre