Resenha estendida do livro monitoramento e avaliação em promoção de saúde: aplicação na saúde mental e sua relação com a psicologia social
Extended review of the book “Monitoring and evaluation in health promotion”: application in mental health and its relationship with social Psychology
DOI:
https://doi.org/10.61565/revista-aquila.i33.620Palavras-chave:
Saúde Mental, Promoção da Saúde, Psicologia Social, Serviços de Saúde Mental, Política de SaúdeResumo
O artigo apresenta uma resenha crítica do livro Monitoramento e Avaliação em Promoção da Saúde, elaborado pelo Ministério da Saúde do Brasil, CEPEDOC e OPAS. A análise qualitativa examina os conceitos de prevenção, proteção e promoção da saúde, com foco na saúde mental, na Rede de Atenção Psicossocial e na Psicologia Social. Esta resenha explora principalmente os capítulos 1 e 4, que abordam os fundamentos da promoção da saúde e seus distintos desafios. No capítulo 1, destaca-se a definição ampliada de saúde e de promoção da saúde, fundamentada na Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), com
ênfase em princípios éticos, intersetoriais e de justiça social. São discutidos exemplos práticos, como o Programa Bolsa Família e o Projeto Terapêutico Singular, com atenção especial à saúde mental. A análise crítica mobiliza referências foucaultianas para questionar práticas de controle social, reforçando a importância da autonomia e da participação social na saúde mental, especialmente no contexto dos Centros de Atenção Psicossocial. Os capítulos seguintes tratam do monitoramento e DA avaliação, fundamentados pela PNPS, bem como evidenciam lacunas na articulação com a saúde mental. O capítulo 4 destaca os desafios e as potencialidades do monitoramento territorial, reforçando a necessidade de sistematização e de participação comunitária. O livro é considerado relevante para profissionais da saúde, apesar da escassez de exemplos práticos específicos em saúde mental. A elaboração de outros manuais operacionais, baseados em práticas efetivas e voltados especificamente à saúde mental, seria de grande utilidade pública e contribuiria para avanços no setor.
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