Diversidades e saberes

Diversities and knowledge

Palavras-chave: Diversidades esquecidas, Inclusões excluídas, Intelectuais do incômodo, Falácias do Estado, Sofredores sem testemunha

Resumo

RESUMO

Temos o costume de avançar sobre as diversidades e saberes em rasgos desesperançados quando os apresentamos os intelectuais e em rasgos turísticos quando os fazem os poderes. Os intelectuais não costumam acreditar nas estatísticas estatais, não estamos para acreditar nisso, seus sofismas e distratores não lhes permitem confrontar esses campos tão frágeis como as diversidades e saberes populares. Aos intelectuais não se presta atenção porque não fazem parte de um poder do momento ou porque são julgados como pessimistas desleixados. No meio, num lugar do nada aparecem os prejudicados. Os sofridos, as classes sociais esquecidas, abandonadas ou bem porque não são incluídas em todos os campos vitais da sua existência (Arendt, 1996) ou talvez porque são incluídas de maneira parcial e suas expressões   de diversidade passam a ser desconhecidas ou limitadas, os saberes cotidianos não se parecem aos científicos nem aos educativos; O que estamos deixando de saber por esquecer das nossas comunidades de base? Isto saberemos quando leiamos as diversidades não como algo exótico senão como um rasgo fundamental para relacionarmos e para agir na vida em todas suas formas.

 

ABSTRACT

We tend to advance on the diversities and knowledge hopelessly when we present the intellectuals and in touristic features when the powers do. We intellectuals do not usually believe in state statistics, we are not here to believe them, their sophistry and distractions do not allow them to confront these fields as weak as diversities and popular knowledge. Intellectuals are not paid attention because they are not part of the power of the day or because they are judged as pessimistic sloppy. In the middle, instead of nothing, there are the injured, the suffering, the forgotten social classes, abandoned or because they are not included in all the vital fields of their existence (Arendt, 1996) or perhaps because they are included partially and their expressions of diversity become unknown or limited; everyday knowledge does not resemble scientific or educational. What are we ceasing to know by forgetting our grassroots communities? We will know this when we read diversity not as something exotic but as a fundamental feature to relate to and to act in life in all its forms.

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Biografia do Autor

Miguel Alberto González González, Universidade de Manizales

PhD em ciências da Educação e PhD em Conhecimento e cultura na América Latina. Docente e investigador em ciências sociais da Universidade de Manizales, Colombia. Scopus Author ID: 57202110923. ORCID: http://orcid.org/0000-0002-0172-0101. E-mail: [email protected], [email protected]

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Publicado
14-01-2021
Como Citar
GONZÁLEZ, M. A. G. Diversidades e saberes. Aquila, v. 1, n. 24, p. 175-198, 14 jan. 2021.
Seção
Artigos de Temática Livre