As violências do processo (de)civilizador e a economia psíquica como expressão dos conflitos sociais
Resumo
Em vez de pensar na civilização como um ponto de chegada, tanto Norbert Elias quanto Sigmund Freud romperam com os ideais do indivíduo civilizado, revelando seus lados sombrios, cheios de contradições e ambivalências. Ambos os pensadores incluíram a barbárie na civilização. E, dessa forma, reescreveram os destinos das sociedades. O processo civilizatório, então, passa a ser visto com avanços e recuos, construções e destruições, civilização e barbárie, causados por forças civilizatórias e descivilizatórias. E as experiências de violência produzem traumas sociais que são transmitidos entre as gerações. O colapso da civilização é então mostrado como um dos destinos inevitáveis do processo civilizatório.