ART QUANDO A DESIGUALDADE RACIAL LEVA AO RACISMO INSTITUCIONAL: UMA INVESTIGAÇÃO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR
WHEN RACIAL INEQUALITY LEADS TO INSTITUTIONAL RACISM: AN INVESTIGATION IN THE METROPOLITAN REGION OF SALVADOR
Resumo
O mito da igualdade racial atribuiu cegueira a diversas análises qualitativas que buscaram compreender o papel da população negra na sociedade brasileira. Este trabalho tem por objetivo descrever a situação dos negros e negras no mercado de trabalho da Região Metropolitana de Salvador, por meio da identificação da situação de renda de negros e negras na RMS no ano de 2015 e da relação entre a dimensão raça e os índices de ocupação entre negros e não negros na RMS. Por meio de um estudo bibliográfico e documental de abordagem quantitativa, este estudo investigou as dimensões de gênero e raça na leitura racial para a compreensão dos fenômenos identificados na Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Salvador. Concluiu-se que a estrutura racista da sociedade tem influências no mercado de trabalho, ao registrar os piores índices de renda e condição de atividades para homens negros e mulheres negras, o que se constitui como racismo institucional e sistêmico.
Downloads
Referências
CUNHA, Sílvio Humberto dos Passos. Um retrato fie da Bahia: Sociedade-Racismo-Economia na transição para o trabalho livre no Recôncavo açucareiro, 1871 – 1902. Doutorado em Economia. Campinas: Faculdade de Economia, Universidade de Campinas, 2004.
DE CARVALHO, Inaiá Maria Moreira; PEREIRA, Gilberto Corso. Como anda Salvador e sua região metropolitana. SciELO-EDUFBA, 2008.
FRANCO, Fernando S. et al. Monitoramento Qualitativo de Impacto. Desenvolvimento de Indicadores para a Extensão Rural no Nordeste do Brasil. Berlim / Fortaleza / Recife, 2000.
FURTADO, Celso. A formação econômica do Brasil. 10. ed. São Paulo: Editora Nacional, 1970. (Coleção Biblioteca Universitária, Série 2a, Ciências Sociais, v. 23).
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991.
HALL, Stuart. Race, articulation and societies structured in dominance. Policing the Crisis. London: Macmillan, 1978.
HASENBALG, Carlos Alfredo. Discriminação e desigualdades raciais no Brasil. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
HOLLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 4. ed. São Paulo: Ed. Universidade, 1963.
JACCOUD, Luciana de Barros e BEGHIN, Nathalie. Um balanço da intervenção pública no enfrentamento das desigualdades raciais no Brasil. Brasília: IPEA, 2002.
JONES, Camara Phyllis. Confronting institutionalized racism. Phylon (1960-), p. 7-22, 2002.
KOWARICK, Lúcio. Trabalho e vadiagem: a origem do trabalho livre no Brasil. Rio De Janeiro: Paz e Terra, 1994.
MERRY, Sally. Engle. Measuring the World: Indicators, Human Rights, and Global Governance. Current Anthropology Volume 52, Supplement 3, 2011.
MOORE, Carlos. Racismo e sociedade: novas bases epistemológicas para entender o racismo. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2007.
RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro. São Paulo: Companhia das Letra, 2001.
SINGER, Paul. O Brasil no contexto do capitalismo internacional – 1889-1930. In: FAUSTO, Boris (org.). O Brasil republicano. Tomo III, v. 1. São Paulo: DIFEL, 1975.
TOLEDO, Geraldo Luciano; OVALLE, Ivo Izidoro. Estatística básica. 2. ed. São Paulo, SP: Atlas, 1994.
TROYANO, A. A. et al. A necessidade de uma nova conceituação de emprego e desemprego: a pesquisa Fundação Seade/Dieese. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 2-6, jan./abr. 1985.
WERNECK, Jurema et al. Racismo institucional: uma abordagem conceitual. Geledés–Instituto da Mulher Negra. São Paulo: Trama Design, 2013.
