Art “Que horas são?”: análise crítico discursiva por trás do estupro culposo

“What time is it?”: critical discursive analysis behind culpable rape

  • Juliano Luiz Dumani Medeiros Universidade Veiga de Almeida
  • Claudia Cristina Mendes Giesel Universidade Veiga de Almeida
Palavras-chave: Estupro, Análise de Discurso Crítica, Feminismo

Resumo

Este trabalho tem como objetivo promover uma análise crítico discursiva em torno da expressão “estupro culposo”, cujo surgimento está relacionado à polêmica sobre o julgamento e a sentença, em 2020, do caso de estupro da jovem promoter catarinense Mariana Ferrer, em uma festa em 2018. A fim de possibilitar tal análise, foi considerado como metodologia a linha de estudo e análise proposta por Rita Von Hunty (2019) – “Que horas são?” – e a Análise de Discurso Crítica de linha inglesa, desenvolvida por Norman Fairclough, através de autores como Vieira e Macedo (2018) e Bessa e Borges Sato (2018). Ao longo do estudo, procurou-se destacar a interdiscursividade por trás da expressão, as últimas notícias em destaque sobre estupro, a importância histórica do movimento feminista, a inversão de valores originada a partir da ideologia da sociedade patriarcal conservadora; tendo em mente, por fim, conscientizar sobre a necessidade de lutar contra toda esta linha ideológica hegemônica, que dissemina o sexismo, além de outras práticas discriminatórias e preconceituosas.

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Biografia do Autor

Juliano Luiz Dumani Medeiros, Universidade Veiga de Almeida

Graduado em Letras, Português e Inglês, da Universidade Veiga de Almeida (2017-2020). ID Lattes: 5838222773483792. E-mail: [email protected]

Claudia Cristina Mendes Giesel, Universidade Veiga de Almeida

Doutora em Educação, coordenadora dos cursos de Letras EAD, professora da graduação e pós-graduação da Universidade Veiga de Almeida. ID Lattes: 4658166912306612. E-mail: [email protected]

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Publicado
03-04-2022
Como Citar
DUMANI MEDEIROS, J. L.; GIESEL, C. C. M. Art “Que horas são?”: análise crítico discursiva por trás do estupro culposo. Aquila, v. 1, n. 26, p. 373-382, 3 abr. 2022.
Seção
Artigos de Temática Livre